Dois meses depois do prazo, delegada Herta de França finalmente remeteu o inquérito para o promotor Marcus Leite, acusando o jogador de estupro
Delegada Herta de França finalmente enviou o
inquérito ao Ministério Público da Paraíba
(Foto: Nicolau de Castro / Jornal da Paraíba)
O inquérito que acusa o atacante Marcelinho Paraíba
de estupro contra a advogada Rosália Zabatos de Abreu, no final do ano
passado, já está nas mãos do promotor da 5ª Vara Criminal, Marcus
Leite, que será o responsável pelo caso. Depois de mais de dois meses
de atraso e do Ministério Público da Paraíba (MPPB) enviar dois ofícios
cobrando o documento, finalmente a delegada Herta de França resolveu
dar entrada no órgão na tarde desta quarta-feira. Agora, o promotor tem
15 dias para decidir se aceita ou não a denúncia da Polícia Civil.inquérito ao Ministério Público da Paraíba
(Foto: Nicolau de Castro / Jornal da Paraíba)
O detalhe é que durante todo este tempo de atraso, a 5ª Vara Criminal de Campina Grande já mudou de promotor por duas vezes. Depois de Romualdo Tadeu, Ismênia Nóbrega chegou à esperar pelo inquérito.
Exatamente um mês depois, Herta de França deu uma entrevista coletiva afirmando ter concluído o "novo" inquérito e voltava novamente a indiciar Marcelinho com base no artigo 213 do Código Penal Brasileiro, que trata do crime de estupro. No entanto, a delegada não tinha devolvido o documento até a tarde de ontem. Foi preciso, inclusive, a interferência do delegado regional de Campina Grande, André Rabelo, para que o caso desse andamento.
Também durante este período de atraso, o atleta mudou de clube. Na época da confusão, Marcelinho Paraíba defendia as cores do Sport Recife e chegou até a receber o prêmio de Craque do Campeonato Pernambucano. No mês passado, no entanto, o jogador trocou o rubro-negro para disputar a Série B pelo Grêmio Barueri.
Marcelinho Paraíba atualmente joga pelo Grêmio Barueri (Foto: Leandro Bernardes / Divulgação)
Entenda o casoNo final de novembro do ano passado, Marcelinho Paraíba foi preso ao lado de mais três amigos: João Crivaldo da Silva, Leandro Silva e Wellington Porto da Silva. Além da acusação de estupro que pesa contra Marcelinho, os quatro ainda foram enquadrados na acusação de desacato à autoridade policial e resistência à prisão.
O grupo participava de uma festa em Campina Grande, terra natal do jogador, para comemorar a boa campanha de Marcelinho Paraíba na Série B de 2011. Ele marcou 12 gols pelo Sport e foi peça determinante para o acesso do clube à Série A.
Marcelinho Paraíba chegou a ser preso no dia da
confusão (Foto: Futura Press)
Por volta das 4h30, Marcelinho teria tentado beijar a força a
vítima. Ela é irmã do também delegado de Polícia Civil Rodrigo
Pinheiro. Os advogados do jogador confirmam a tentativa de beijo, mas
disseram que o atleta não passou disto.confusão (Foto: Futura Press)
O irmão da vítima, no entanto, foi quem chamou a polícia e formulou a acusação, diz que Marcelinho Paraíba passou para a agressão diante da recusa da mulher em beijá-lo. Ele teria puxado o cabelo dela e a mordido. O irmão, que também vai responder a processo sob a acusação de ter feito disparos dentro da casa do jogador, diz ainda que ele tentou estuprá-la.
Nenhum comentário:
Postar um comentário