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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Érika se apresenta, e seleção completa terá mais de 70 dias de preparação para as Olimpíadas


Chegou quem faltava. Melhor pivô do mundo na atualidade, a brasileira Érika (foto), que trocou o Perfumerías/Avenida pelo Ros Casares na Espanha (sua ex-equipe, diga-se) na semana passada, se apresentou no domingo em Jundiaí para treinar com a seleção feminina. Ontem, as jogadoras de Americana e Ourinhos (Bárbara, Karla, Clarissa, Tássia, Joice, Chuca e Sílvia Gustavo) chegaram, e com isso o time de Luiz Cláudio Tarallo terá mais de dois meses com TODAS as jogadoras antes da estreia nas Olimpíadas de Londres (28 de julho).
De cara, eu espero que os treinos de Tarallo sejam muito focados na defesa, grande deficiência da seleção feminina nos últimos anos em competições de alto nível, e que as jogadas com Érika (insisto: a melhor pivô do mundo) estejam na ordem do dia (na verdade, o garrafão precisa ser municiado exaustivamente, pois conta, além de Érika, com Damiris, Franciele e Clarissa). Se não for pedir muito, é importante que o time não abuse das bolas de três pontos (29,5% no Mundial de 2010) e que os erros sejam diminuídos (16,7 no Mundial e 16,8 nas Olimpíadas de 2008).
Mas não é só isso. Hortência e a diretoria da Confederação precisam garantir (e isso a Rainha já disse que acontecerá) que amistosos de alto nível sejam marcados (três contra a Austrália estão confirmados, o que é excelente). Chegar em Londres sem ter sido testada, como foi em Pequim, quando a preparação foi uma lástima, é meio caminho errado para uma eliminação precoce ou uma campanha decepcionante. Até agora, porém, o que foi anunciado foram dois jogos contra Cuba – e é bom lembrar que Cuba não é mais a mesma equipe do começo da década de 90 -, e isso não é uma boa notícia.
O Brasil (ainda) não tem time para chegar ao jogo do ouro contra os Estados Unidos, mas como o basquete feminino é muito equilibrado e sem tantos times de alto nível, uma preparação longa pode fazer a diferença lá na frente (como foi no Mundial Sub-19). Repito: vencer na estreia e passar em terceiro lugar no grupo podem garantir um confronto bom nas quartas-de-final e uma chance maior de vaga nas semifinais (briga por medalha, portanto).
É hora de arregaçar as mangas e trabalhar muito, não?

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