Gustavo Franceschini
Do UOL, em Londres (Inglaterra)
Do UOL, em Londres (Inglaterra)
Phil Walter/Getty Images
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Arthur Zanetti se apresenta para ganhar o ouro nas argolas dos Jogos Olímpicos de Londres
"Treinei bastante minha série, mas o principal foi treinar o psicológico, que é o que na hora pega. Quando você vê esse público enorme, acaba se sentindo nervoso, mas consegui me controlar bem”, declarou Zanetti em entrevista à Record.
O que surpreendeu foi o aumento na dificuldade da série. Nas eliminatórias, ele marcou 15.616, ainda longe de sua melhor apresentação da carreira, os 15.925 que conseguiu no início de junho. "Os dois primeiros elementos que eu faço são os de grande dificuldade, por isto começo com eles e também faço duas maltezas (ficar com o corpo na horizontal com os braços esticados segurando as argolas) que tem o valor F, que é o grau de maior dificuldade nas argolas. O diferencial não está na dificuldade da série pois quase todos tem a mesma nota de partida, o diferencial é a execução dos movimentos", explica.
Antes de Arthur, os brasileiros que haviam chegado mais perto do triunfo olímpico foram Daiane dos Santos e Diego Hypolito, que falharam quando eram favoritos no solo em 2004 e 2008, respectivamente. Agora, com o ouro nas argolas, o esporte chega a outro patamar no Brasil.
A ginástica masculina vem ganhando seu espaço de maneira contínua e, o que é mais importante, sólida e consistente. Chegamos muito perto de classificar uma equipe completa para Londres. Conseguimos classificar, pela primeira vez na história, três atletas para os Jogos. Acredito que o reconhecimento do masculino tem crescido bastante, mas que ainda temos muito potencial para evoluir".
A medalha é o mais importante, mas não o primeiro grande feito da carreira de Arthur Zanetti. Paulista de São Caetano do Sul, ele já havia conquistado a prata nas argolas no Mundial de ginástica do ano passado, quando perdeu justamente para Yibing Chen. Na época, ele já tinha o mérito de ter sido o primeiro brasileiro a conseguir um resultado desse nível nas argolas, considerado um dos aparelhos mais difíceis entre os homens e de pouca tradição no país.
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