Americanos fazem sua exibição mais impressionante em Londres, superam marca de Oscar & Cia e anotam maior pontuação da história dos Jogos
na noite desta quinta-feira (Foto: Getty Images)
Cento e cinquenta e seis pontos. Nunca ninguém chegou tão longe, e fica difícil imaginar que alguém um dia chegará - a não ser a própria seleção americana, que ainda jogará cinco vezes em Londres.
Com astros do calibre de LeBron James e Kobe Bryant em quadra, coube a um coadjuvante a honra de quebrar o recorde. A 4m37s do fim, Andre Iguodala recebeu a bola na direita e chutou de três. Foi apenas um dos 29 tiros de três certeiros dos americanos na partida. E estava feita a história.
- Nós arremessamos melhor do que qualquer time em qualquer jogo em que eu já estive. Nossos jogadores simplesmente não conseguiam errar. É muito difícil perder jogando dessa forma. Espero que tenhamos economizado um pouco para as próximas partidas - afirmou o técnico americano Mike Krzyzewski após o duelo, com a mesma expressão serena de sempre, sem esboçar um sorriso.
- Coach K é um dos grandes modelos para a minha carreira. Informação que ele pode querer renegar depois desse jogo - afirmou Ayodele Bakare.
Em 1988, Brasil arrasou o Egito
Vinte e quatro anos atrás, na fase de grupos dos Jogos de Seul, o Brasil chegou ao recorde que durou até a noite desta quinta-feira. A vitória por 138 a 85 veio numa época em que o basquete era outro, dividido em dois tempos de 20 minutos em vez dos quatro quartos de hoje. O arremesso de três estava em vigor na Fiba havia apenas quatro anos, e as equipes ainda buscavam se adaptar. Oscar foi o cestinha da seleção naquela partida com 39 pontos, dois a mais que a marca pessoal de Carmelo. Marcel foi o coadjuvante com 22, enquanto Gerson pegou nove rebotes e Maury distribuiu 11 assistências - o Brasil teve 26 passes no total, bem menos que os 41 dos EUA contra a Nigéria.
Veio o terceiro quarto e, sabendo ou não da quebra iminente do recorde, os americanos não tiraram o pé do acelerador. Com um show de lances de efeito, foram derrubando marcas. O terceiro período terminou com uma ponte aérea dupla de Kevin Love para Russell Westbrook - os dois no ar trocando passes. Fim de papo no período, com 119 a 62.
No último quarto, a marca de 127 do Dream Team caiu, e pouco depois veio o lance de Iguodala, a cesta que será repetida por um bom tempo no mundo todo. A expectativa passou a ser a casa dos 150, que também foi quebrada com o pé nas costas. Àquela altura, passando da meia-noite em Londres, parte da plateia deixou as arquibancadas. Provavelmente sem saber que a História, com H maiúsculo, estava passando ali na frente.
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