Do UOL, em Londres (Inglaterra
Flávio Florido/UOL
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Goleira Chana chora após término do jogo contra a Noruega, que eliminou o Brasil da Olimpíada
"Caímos pelos nossos erros. Nós não podemos errar tantos arremessos e lançamentos. A gente já vinha indo mal no segundo tempo nos jogos anteriores. Fomos nós que vacilamos e perdemos o jogo", disse a pivô Dani Piedade.
A queda precoce, no entanto, não apaga o bom trabalho feito pela equipe em Londres. Esta é a melhor campanha do país na história do handebol. A colocação final ainda depende de outros resultados, mas não será inferior às campanhas anteriores. Desde a estreia no torneio, em 2000, foram duas eliminações nas quartas e uma queda na primeira fase, mas nunca a seleção havia liderado o seu grupo, como fez na atual edição.
O problema é que logo na estreia no mata-mata encarou um rival de peso. A Noruega é a atual campeã olímpica e mundial e um dos times mais fortes da atualidade, apesar de ter feito uma fase de grupos ruim. A equipe nórdica terminou apenas na quarta posição do seu grupo, e por isso caiu no caminho do Brasil, que começou bem melhor.
O único momento de tensão antes do intervalo foi aos 27 minutos, quando Fernanda tentou disputar uma bola no ataque e levou uma punição de dois minutos fora. Mesmo com uma a menos, no entanto, o Brasil se segurou, levou apenas um gol e foi para a etapa final vencendo por 13 a 9.
Chana, goleira da seleção brasileira
Só que aí, em um lance bobo, Mayara cometeu uma falta mais forte e levou uma punição de dois minutos fora e mudou todo o jogo. A ausência de uma atleta mexeu com o Brasil. No período com um a menos, a Noruega marcou dois gols e inflou a torcida.
"Qualquer bola é importante em um jogo desses. É que a menina também fez uma cena no lance e por isso que eu levei dois minutos. Fui com a intenção de parar o contra-ataque, mas infelizmente não deu", disse Mayara.
Depois, foi a vez de Dara cumprir punição de dois minutos. Quando ela voltou e igualou o número de atletas, as europeias continuaram fortes e diminuíram a diferença para apenas dois gols. Daí em diante, o jogo ganhou em emoção e passou a ser disputado lance a lance, com o Brasil mantendo a vantagem apertada e as europeias crescendo muito. A Noruega desperdiçou dois sete metros, um deles defendido por Chana, e a seleção continuava sendo pressionada.
As norueguesas passaram à frente do placar faltando oito minutos. O Brasil ainda empatou, mas uma falha de Chana mostrou o nervosismo do time nos instantes finais, e as adversárias aproveitaram para abrir dois de vantagem e administrar a vitória.
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