Joanna Maranhão se surpreende com classificação e cai no choro

Nadadora brasileira descobre apenas na zona mista que obteve sua vaga para a semifinal dos 200 m medley e fica emocionada

Marcelo Laguna e Rodrigo Farah, enviados iG a Londres

A nadadora brasileira Joanna Maranhão caiu no choro nesta segunda-feira, após saber em plena zona mista, onde conversava com os jornalistas, que tinha se classificado para disputar a semifinal dos 200 m medley nos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Foi a estreia da pernambucana na competição, depois da frustração ocorrida no último sábado, quando sofreu uma queda em seu quarto na Vila Olímpica, cortou o supercílio e não pôde nadar nos 400 m medley, sua especialidade.

"Eu entrei na semifinal?", perguntou Joanna aos repórters, chocada com a notícia, para depois começar a chorar. "Depois de oito anos, sou semifinalista olímpica. Na minha cabeça, eu começaria com os 400 m medley e ganharia velocidade para os 200 m medley, que não são a minha especialidade. Bem ou mal, rápido ou devagar, sendo finalista olímpica ou ficando em último lugar, o que todo mundo quer aqui é nadar. E quando isso é tirado de você, é um vazio muito grande", disse Joanna.

Divulgação/Agif

Joanna Maranhão classificou-se com o 16º tempo para as semifinais dos 200 m medley

No sábado, pouco antes de sair da Vila Olímpica em direção ao Aquatics Centre, Joanna Maranhão sofreu uma queda em seu quarto e sofreu um corte no supercílio direito, precisando inclusive levar pontos no local. A surpresa com a classificação para a semfiinal teve um sabor especial para ela.
“Passei os últimos meses tomando cuidado com tudo o que comia, evitando pegar estrada, brincar de basquete... e de repente, três horas antes da minha prova, acontece essa fatalidade. Só lembro de ter acordado no chão com o rosto sangrando e pensando: hoje não”, lembrou Joanna, que nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 ficou em quinto lugar nos 400 m medley.
E que ninguém venha dizer que ela é azarada. "“Depois do que aconteceu aqui, as pessoas me perguntaram se eu não tenho falta de sorte. Mas eu acho que é exatamente o contrário, eu tenho muita sorte de fazer o que eu amo. Em alguns momentos, achei que tinha perdido essa essência, mas com a maturidade reencontrei isso e hoje em dia vou treinar feliz", afirmou.