Estreante no Circuito Mundial, paraibano de 21 anos sobrevive ao country cota, chega à chave principal e derruba o ídolo campeão olímpico
Assim que virou profissional, Vitor Felipe ficou conhecido ao lado de
Álvaro Filho como o cangaceiro do vôlei. Do início na Paraíba ao pódio
na Europa em competições Sub-21, o menino de João Pessoa relembrava as
origens usando uma chapéu típico de couro nas premiações. Agora, em sua
primeira etapa de Circuito Mundial, o jogador comemora o sucesso da
parceria “caveira” com Moisés realizando um sonho de infância: superar o
campeão olímpico Phil Dauhausser.
Além do status de azarão, Vitor usou a seu favor informações que colheu durante treinos e muitas etapas do Circuito Brasileiro nos últimos dois anos. Dos campeões olímpicos Ricardo e Emanuel, ouviu dicas preciosas e as guardou bem na memória para que se tornassem um repertório de golpes e jogadas certeiras.
- Como Ricardo e Emanuel sempre estão disputando finais contra eles, sempre escuto muito como tem que ser feito. Ricardo falava que tinha que passar pelo lado porque o bloqueio dele era muito grande. Emanuel brinca mais na defesa com o Rogers, e os dois diziam que o saque tinha que ser mais de um jeito. Fui escutando e absorvendo para pôr em prática quando pudesse jogar contra eles – explicou.
Nesta etapa, o chapéu de couro não veio na bagagem. Ao lado de Moisés, o paraibano se inspirou no filme “Tropa de Elite” para assumir a condição de “caveira”, que ele mesmo explica:
- Estávamos treinando muito, passando mal nos treinamentos, e falamos que éramos caveiras, que aguentávamos tudo. Desde então, o apelido colou e agora estamos nos chamando assim. É caveira!
Nesta sexta, a dupla precisará passar por dois compatriotas para seguir pelo caminho mais curto rumo às quartas de final. Os adversários serão Harley e Evandro, que também venceram os dois confrontos da primeira fase. Quem perder ainda terá a chance de seguir no torneio disputando a repescagem.
Vitor Felipe comemora ponto: na fase 'caveira', o
paraibano supera antigo ídolo (Foto: divulgação / Fivb)
Ainda menino, antes de transformar o vôlei em seu ganha pão, Vitor
Felipe assistia aos jogos de Ricardo e Emanuel contra os americanos
Rogers e Dalhausser intrigado. Como era possível aquele gringo dar tanto
trabalho aos brasileiros? A admiração pela qualidade do rival se
transformou em uma meta: superar os campeões olímpicos em 2008. Nesta
quinta-feira, o rapaz de 21 anos brincou em quadra e fez o desejo virar
realidade.
Vitor
usava o chapéu de cangaceiro quando
jogava ao lado de Álvaro (Foto: Divulgação)
- Quando eu via o Dalhausser jogando na TV, sempre falava que queria
jogar contra ele. Ele é fora de série, e eu ficava brincando que um dia
eu ia tirar esse cara do vôlei de praia. Quando passamos do qualifying,
falei que queria pegar ele. Acabou que a chave calhou de ter confronto
justamente contra eles, e combinamos de fazer um jogo diferente, de
mexer o jogo inteiro e deixar a marcação deles louca. Queríamos nos
divertir e deixar a pressão com eles. Foi meu segundo jogo do "main
draw" (chave principal) e vai ficar para a memória – contou o rapaz,
após a vitória por 18/21, 21/18 e 15/9.jogava ao lado de Álvaro (Foto: Divulgação)
Além do status de azarão, Vitor usou a seu favor informações que colheu durante treinos e muitas etapas do Circuito Brasileiro nos últimos dois anos. Dos campeões olímpicos Ricardo e Emanuel, ouviu dicas preciosas e as guardou bem na memória para que se tornassem um repertório de golpes e jogadas certeiras.
- Como Ricardo e Emanuel sempre estão disputando finais contra eles, sempre escuto muito como tem que ser feito. Ricardo falava que tinha que passar pelo lado porque o bloqueio dele era muito grande. Emanuel brinca mais na defesa com o Rogers, e os dois diziam que o saque tinha que ser mais de um jeito. Fui escutando e absorvendo para pôr em prática quando pudesse jogar contra eles – explicou.
Vitor Felipe cumprimenta Moisés: a dupla 'caveira'
do Circuito (Foto: divulgação / Fivb)
Nesta etapa, o chapéu de couro não veio na bagagem. Ao lado de Moisés, o paraibano se inspirou no filme “Tropa de Elite” para assumir a condição de “caveira”, que ele mesmo explica:
- Estávamos treinando muito, passando mal nos treinamentos, e falamos que éramos caveiras, que aguentávamos tudo. Desde então, o apelido colou e agora estamos nos chamando assim. É caveira!
Nesta sexta, a dupla precisará passar por dois compatriotas para seguir pelo caminho mais curto rumo às quartas de final. Os adversários serão Harley e Evandro, que também venceram os dois confrontos da primeira fase. Quem perder ainda terá a chance de seguir no torneio disputando a repescagem.
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